Liderados pelo fotógrafo Washington Kuipers, o projeto Reconstruindo o Quilombo é integralmente patrocinado pelo Banco da Amazônia. As ações que devem perdurar durante todo o mês de agosto incluindo a realização de palestras educativas culturais, visitas, oficina de capoeira e dança do congo, além de debates. “Esse projeto vai valorizar a cultura local e da memória da historias desses homens e mulheres, que povoam Pimenteiras do Oeste, afinal essa área é carente de eventos culturais”, disse Kuipers.
Outro importante ponto que o projeto pretende abordar é a importância do concurso “Beleza Negra” que acontece no município no mês de novembro e neste ano vai para a sua quarta edição. “O evento acontece paralelo a Semana da Consciência Negra, de 15 a 21 de Novembro. Durante o evento são escolhidas a Miss Beleza Negra, Miss Elegância e Miss Simpatia”, explicou Kuipers.
Isabel Mendes, conhecida como Baca, presidente da Associação Quilombola de Pimenteiras do Oeste é uma das organizadoras do evento. “Além de preservarmos nossa cultura, esse concurso nos possibilita valorizar a beleza local e promover a auto estima dos habitantes do município”, afirma Beca.
A ocupação de Pimenteiras do Oeste se originou da fuga dos escravos procedentes de Vila Bela da Santíssima Trindade do Estado de Mato Grosso. Os escravos fugindo de Vila Bela dirigiam-se para o Norte, seguindo o curso do Rio Guaporé.
A área da fazenda Santa Cruz constituiu uma expressão dessa realidade e tornou-se o germe do povoado e, hoje, município. Os moradores remanescentes da Fazenda Santa Cruz foram transferidos para o local onde hoje está localizado o sítio urbano de Pimenteiras.
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